Como vocês possivelmente já sabem, eu gosto de animais,
principalmente cavalos, é por isso que eu resolvi escrever sobre eles. Vou
postar sobre a história, criação, características de uma determinada raça por
semana. (Também postarei sobre jogos de X-BOX e meu cotidiano). Resolvi começar
com o cavalo árabe, que para mim é o mais belo e resistente dos equinos.
A lenda:
Conta uma lenda, que logo depois da criação, ALÁ percorria
o mundo e, chegando no deserto, ouviu os gritos e choros dum beduíno. Após pergunta-lhe
porque estava chorando, o árabe o respondeu:
“Veja a riqueza que os outros povos desfrutam, e a
mim só veio areia!”
ALÁ, percebendo
que não havia distribuído igualmente os bens para os povos, disse ao homem:
“Pois não chores
mais, te recompensarei com um presente muito especial!”
E, estendendo a
mão sobre o vento do Sul que passava, o agarrou e disse:
“Ó vento do Sul,
transforma-te em carne sólida, para eu demonstrar meu amor à meu povo!”
E assim se fez,
enquanto o vento se transformava, o bom Deus dizia:
“Para que sejas
único e que nunca te confundam com bestas, terás:
O olhar da águia, a coragem do leão e a
velocidade da pantera.
Do elefante dou-te a memória, do tigre a força, da
gazela a elegância.
Teus cascos terão a dureza do sílex e teu pelo a
maciez da plumagem da pomba.
Irás saltar mais do que o gamo, e terás do lobo
o faro.Serão teus à noite os olhos do leopardo, e te orientarás como o falcão,
que sempre volta á sua origem.
Serás incansável como o camelo, e terás do cão o
amor ao seu dono.”
Assim surgiu o cavalo do beduíno...
A origem das
cinco linhagens:
Conta outra
lenda, que muito tempo atrás, depois de uma longa viagem pelo deserto, que
durou dias, Maomé soltos seus cavalos para beberem água. Quando chegavam à
lagoa, ele os chamou de volta, 5 éguas pararam e voltaram, e dessas 5 éguas se
formaram as 5 linhagens.
Características:
Os olhos - Os olhos do cavalo árabe são típicos
de muitas espécimes de animais do deserto. Grandes e salientes, eles são
responsáveis por prover o animal de uma excelente visão, a qual alertava os
primitivos cavalos Árabes dos ataques de seus predadores.
Narinas - As narinas do cavalo Árabe que se
dilatam quando ele corre ou está excitado, proporcionam uma grande captação de
ar. Normalmente as narinas se encontram semi-cerradas reduzindo a poeira
proveniente da respiração nos climas mais secos como no deserto.
Maxilares - O tamanho e a grande separação entre
os maxilares ou ganachas no cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a
passagem de sua desenvolvida traquéia - provavelmente esse é um outro fator de
adaptação para aumentar a captação de ar.
Carregamento de cabeça - O carregamento natural de cabeça do
cavalo Árabe é muito mais alto do que qualquer outra raça, especialmente ao
galope. O alto carregamento da cabeça facilita a passagem do ar, abrindo as
flexíveis narinas e alongando a traquéia. É comprovado que os cavalos Árabes
possuem maior número de células vermelhas que as outras raças, o que pode
indicar que o cavalo Árabe usa o oxigênio mais eficientemente.
Pele - A pele negra por debaixo dos pêlos do
cavalo Árabe é visível devido à delicadeza ou ausência de pêlos em torno dos
olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos reduz o reflexo da luz do
sol e também protege contra queimaduras. A fina pele do cavalo Árabe
proporciona a rápida evaporação do suor resfriando o cavalo mais rapidamente.
Irrigação Sanguínea - As veias que se tornam visíveis por
saltarem à flor da pele quando o cavalo Árabe enfrenta um grande esforço
físico, em contato com o ar, resfriam rapidamente a circulação sanguínea,
proporcionando maior conforto em longas jornadas.
Crina - Os pêlos da crina são normalmente
finos e longos, protegendo a cabeça e o pescoço da ação direta do sol. O longo
topete na testa também protege os olhos do reflexo e da poeira.
Focinho - O pequeno e cônico focinho também
deve ser creditado de sua herança do deserto. A escassez de alimentos deve ter
reduzido o focinho para o admirado tamanho e formato de hoje. Os finos e ágeis
lábios provavelmente são resultados dos ralos pastos do deserto. Os cavalos dos
beduínos pastoreavam apenas esporadicamente comendo poucos chumaços de grama
aqui e ali, enquanto seguiam em suas longas jornadas. Lábios ágeis podem
rapidamente se prover de pequenas porções de ralas gramas e ervas.
Estrutura Óssea - É fato que muitos cavalo Árabes
possuem apenas cinco vértebras lombares, diferentes das seis comuns em outras
raças. Essa vértebra a menos explica o pequeno lombo e a resultante habilidade
em carregar grandes pesos proporcionalmente ao seu tamanho. No entanto,
modernas autoridades do cavalo Árabe, como Gladys Brown Edwards, afirmam que
não são todos que possuem cinco vértebras, muitos possuem o padrão de seis
vértebras. Até hoje não é sabido qual número mais comum de vértebras no cavalo
Árabe e não há evidência de que o Árabe que possui cinco seja mais puro ou mais
desejável do que o que possui seis.
Carregamento da Cauda - O alto e natural carregamento da
cauda é resultado da singular estrutura óssea do cavalo Árabe. O árabe possui
vértebras a menos, o que proporciona o levantamento da cauda.
A cabeça - A distinta beleza do cavalo Árabe é
uma das principais marcas do tipo da raça. O clássico perfil é marcado por duas
características: jibbah e afnas, muito admiradas pelos beduínos.
Jibbah - é a protuberância acima dos olhos.
Nem todos os cavalo Árabes maduros possuem, mas ele é óbvio nos potros. O
Jibbah aumenta o tamanho da cavidade nasal proporcionando maior capacidade
respiratória.
Afnas - O afnas é a chamada "cabeça
chanfrada". O chanfro é a depressão no osso frontal da cabeça entre os
olhos e o focinho, ele apresenta uma curva côncava no perfil da cabeça. Embora
o Afnas fosse admirado pelos beduínos como um aspecto de beleza, nem todos os
seus cavalos possuíam o chanfro pronunciado, da mesma forma que hoje nem todos
os modernos cavalos Árabes possuem esse perfil. Mas uma cabeça é considerada
boa e típica quando possui:
olhos grandes, salientes, bem
separados e situados logo abaixo da testa;
testa larga;
narinas grandes e flexíveis;
cabeça descarnada e seca;
a expressão geral é alerta,
inteligente e vivaz.
Os chamados "olhos humanos”, no
qual é visível a esclerótica branca em torno da íris é um ponto polêmico na
criação do cavalo Árabe. Margaret Greeley em seu livro "Arabian
Exudus" cita Wilfrid Blunt afirmado que o branco nos olhos não era um
sinal de mau temperamento, pelo contrário, era uma característica desejada
pelos beduínos. Muitos juízes e criadores modernos, no entanto, desgostam e
penalizam os cavalos que possuem essa característica a despeito do fato dela
aparecer em certas antigas e valiosas linhagens.
Minha opinião:
Eu acho o cavalo
árabe, o mais resistente e belo dos cavalos, ele serve tanto para
competições de salto, pois é corajoso e consegue fazer percursos de até 1,10m.
Também servem para provas de três tambores, pois são ágeis e espertos. Eu acho
o árabe uma ótima raça para se criar, são tratáveis e são utilizados no mundo
inteiro como patriarcas de raças e novos cruzamentos com uma utilização
extremamente variada para diversos esportes.